E, foi durante uma desesperada tentativa de repouso, após semanas extenuantes, lembrei: Não atualizei o blog!!! Peço desculpas aos leitores, digo leitores pois sei que ao menos duas pessoas o lêem (ouvi dizer que não se usa mais esse acento).
Enfim, há bastante tempo a prof. Fátima me pede para escrever meu perfil. E como a visão de nós mesmos é fundamentalmente, baseada no momento em que vivemos, esperei um pouco mais, na esperança (sentimento de auto-piedade mode on) de que não saísse uma visão muito ruim de mim mesma (sentimento de auto-piedade mode off, odeio sentir isso).
Enfim, aproveitando esse noite de insônia:
sou Maria das Graças, pra começar tenho um nome muito grande que todos sempre fazem muitas piadinhas. Não suporto mais a: "imagina quando casar, vai acrescentar o nome do marido ou vai retirar um seu?" Já acho extremo absurdo mulheres acrescentarem os nomes dos esposos aos seus próprios. Somente para citar uma das contradições da nossa sociedade patriarcal opressora que se diz tão justa e fraterna.
Meu nome é homenagem a uma tia falecida. Sempre achei muito forte o fato de uma pessoa morta ter originado meu nome, sempre senti como se tivesse sido marcada por isso. Também nunca me esqueci das palavras de uma tia Maria que afirmava nenhuma Maria na família teria tido uma vida feliz- dizia ela citando diversos exemplos na família. Interessante como essas coisas que me foram ditas na infância, ainda hoje, são, ainda, fortes lembranças de minha vida.
Durante a infância, quando não sonhva em ser astronauta ou cientista, queria ser escritora. Lia as poesias de Drummond sobre Itabira e pensanva se escreveria, no futuro, lindos poemas sobre São Benedito. Sempre desejei uma vida livre, sem as amarras do trabalho, casa, filhos; sempre desejei mesmo ser gauche na vida (nossa, somente nesse momento estou percebendo a enorme influência que aquelas leituras na casa de meus avós maternos têm de influencia na minha construção!!!).
Enfim, mas acabei indo por caminhos, os quais até hoje não sei explicar tão bem, que acabaram por me levar à graduação em Medicina. Acredito ser contraditório pois o nomadismo é incompatível com o perfil da atuação na área de saúde hoje (mudança do perfil epidemiológico para doenças de curso crônico, necessitando de acompanhamento periódico dos profissionais em saúde).
Sou constantemente devorada pelo ritmo em galope- quase uma B3- da faculdade (perdão a piadinha nerd); o que me leva muitas vezes a pensar em abandoná-la. No momento, pra ser honesta, só não a deixo, por que não sei outra coisa que fazer da minha vida. Apesar dos traumas que ela me causa, não odeio a Medicina. Penso em fazer psiquiatria e seguir o ramo da saúde mental pediátrica (forte influência das minhas boas vivências em pediatria, como no abs 5, com a genética clínica).
Tenho enorme fascínio pelo mundo dos sonhos, o fantástico, meio Lewis Carroll e seus devaneios infantis. Paradoxalmente, aos olhos de muitos, a temática da morte também me fascina. Acredito que ambos são complentares, pois sonhamos para nos tornarmos eternos; escapar da morte.
Adoro música! Viajo imensamente ao som de um bom 'progressivo' com solos quase infinitos. Tenho enorme apreço por músicas de décadas passadas, em especial a década de 80. Sou absurdamente fã de The Smiths. Sou, também, apaixonada pela sonoridade de Violoncelos.
Amo pintura. Tenho no meu quarto, uma reprodução de tela de Van gogh, que me lembra um momento especial de minha vida. Mas, meu pintor favorito é Salvador Dali: novamente eu no mundo dos sonhos.
Gosto de boa leitura, Drummond me marcou mais do que eu imaginava; também gosto de Lispector (que foi assunto discutido em nossas aulas), Machado de Assis, Guimarães Rosa, Moreira Campos (ah! o puxador de terço!). Procurei leitura nos mestres do estrangeiro, como Tolstói, Goëthe, Dostoiévski (muito embora, dele, só tenha lido Memórias do Subsolo) e Proust. Indo ao rumo de leitura com enfoque mais revolucionário, tenho buscado autores clássicos como Marx, Engels, Lênin, Rosa, Trotsky, Gramsci, entre outros.
Citei Proust e me lembrei dos meus sonhos de escritora. Tenho alguns poeminhas e contos (o do sísifos está aí para a(de)preciação), espalhados ao longo da casa e de minha vida. Também padeço da síndrome "proustiana" (que, coincidentemente, também tinha o nome grande: Valentin Louis George Eugène Marcel Proust): de tentar, enlouquecidamente escrever a obra de minha vida- obviamente existe uma grande diferença entre meus escritos e os sete volumes do Em Busca do Tempo Perdido.
Também acredito na mudança dos paradigmas a nós colocados nos dias de hoje. Acredito na construção de uma sociedade que tem em seus alicerces, a valorização das pessoas, e não o que sua força de trabalho consegue produzir. Luto pelo fim das opressões, sejam elas de gênero, etina, orientação/ identidade sexual e a pior delas: opressão de classe.
Faço parte do Centro Acadêmico XII de Maio desde quando entrei na faculdade, lugar onde tem sido por diversas vezes meu refúgio (e não somente meu!) quando a graduação parece me afogar.
Termino esse perfil, além de um pedido de desculpas pelo enorme tamanho, com um filme, que muito me emociona, seja pela criatividade, seja pela magia do início do cinema: Le Voyage Dans La Lune (A Viagem à Lua), de 1902, do incrível Georges Méliès.
http://www.youtube.com/watch?v=vZV-t3KzTpw
Enfim, há bastante tempo a prof. Fátima me pede para escrever meu perfil. E como a visão de nós mesmos é fundamentalmente, baseada no momento em que vivemos, esperei um pouco mais, na esperança (sentimento de auto-piedade mode on) de que não saísse uma visão muito ruim de mim mesma (sentimento de auto-piedade mode off, odeio sentir isso).
Enfim, aproveitando esse noite de insônia:
sou Maria das Graças, pra começar tenho um nome muito grande que todos sempre fazem muitas piadinhas. Não suporto mais a: "imagina quando casar, vai acrescentar o nome do marido ou vai retirar um seu?" Já acho extremo absurdo mulheres acrescentarem os nomes dos esposos aos seus próprios. Somente para citar uma das contradições da nossa sociedade patriarcal opressora que se diz tão justa e fraterna.
Meu nome é homenagem a uma tia falecida. Sempre achei muito forte o fato de uma pessoa morta ter originado meu nome, sempre senti como se tivesse sido marcada por isso. Também nunca me esqueci das palavras de uma tia Maria que afirmava nenhuma Maria na família teria tido uma vida feliz- dizia ela citando diversos exemplos na família. Interessante como essas coisas que me foram ditas na infância, ainda hoje, são, ainda, fortes lembranças de minha vida.
Durante a infância, quando não sonhva em ser astronauta ou cientista, queria ser escritora. Lia as poesias de Drummond sobre Itabira e pensanva se escreveria, no futuro, lindos poemas sobre São Benedito. Sempre desejei uma vida livre, sem as amarras do trabalho, casa, filhos; sempre desejei mesmo ser gauche na vida (nossa, somente nesse momento estou percebendo a enorme influência que aquelas leituras na casa de meus avós maternos têm de influencia na minha construção!!!).
Enfim, mas acabei indo por caminhos, os quais até hoje não sei explicar tão bem, que acabaram por me levar à graduação em Medicina. Acredito ser contraditório pois o nomadismo é incompatível com o perfil da atuação na área de saúde hoje (mudança do perfil epidemiológico para doenças de curso crônico, necessitando de acompanhamento periódico dos profissionais em saúde).
Sou constantemente devorada pelo ritmo em galope- quase uma B3- da faculdade (perdão a piadinha nerd); o que me leva muitas vezes a pensar em abandoná-la. No momento, pra ser honesta, só não a deixo, por que não sei outra coisa que fazer da minha vida. Apesar dos traumas que ela me causa, não odeio a Medicina. Penso em fazer psiquiatria e seguir o ramo da saúde mental pediátrica (forte influência das minhas boas vivências em pediatria, como no abs 5, com a genética clínica).
Tenho enorme fascínio pelo mundo dos sonhos, o fantástico, meio Lewis Carroll e seus devaneios infantis. Paradoxalmente, aos olhos de muitos, a temática da morte também me fascina. Acredito que ambos são complentares, pois sonhamos para nos tornarmos eternos; escapar da morte.
Adoro música! Viajo imensamente ao som de um bom 'progressivo' com solos quase infinitos. Tenho enorme apreço por músicas de décadas passadas, em especial a década de 80. Sou absurdamente fã de The Smiths. Sou, também, apaixonada pela sonoridade de Violoncelos.
Amo pintura. Tenho no meu quarto, uma reprodução de tela de Van gogh, que me lembra um momento especial de minha vida. Mas, meu pintor favorito é Salvador Dali: novamente eu no mundo dos sonhos.
Gosto de boa leitura, Drummond me marcou mais do que eu imaginava; também gosto de Lispector (que foi assunto discutido em nossas aulas), Machado de Assis, Guimarães Rosa, Moreira Campos (ah! o puxador de terço!). Procurei leitura nos mestres do estrangeiro, como Tolstói, Goëthe, Dostoiévski (muito embora, dele, só tenha lido Memórias do Subsolo) e Proust. Indo ao rumo de leitura com enfoque mais revolucionário, tenho buscado autores clássicos como Marx, Engels, Lênin, Rosa, Trotsky, Gramsci, entre outros.
Citei Proust e me lembrei dos meus sonhos de escritora. Tenho alguns poeminhas e contos (o do sísifos está aí para a(de)preciação), espalhados ao longo da casa e de minha vida. Também padeço da síndrome "proustiana" (que, coincidentemente, também tinha o nome grande: Valentin Louis George Eugène Marcel Proust): de tentar, enlouquecidamente escrever a obra de minha vida- obviamente existe uma grande diferença entre meus escritos e os sete volumes do Em Busca do Tempo Perdido.
Também acredito na mudança dos paradigmas a nós colocados nos dias de hoje. Acredito na construção de uma sociedade que tem em seus alicerces, a valorização das pessoas, e não o que sua força de trabalho consegue produzir. Luto pelo fim das opressões, sejam elas de gênero, etina, orientação/ identidade sexual e a pior delas: opressão de classe.
Faço parte do Centro Acadêmico XII de Maio desde quando entrei na faculdade, lugar onde tem sido por diversas vezes meu refúgio (e não somente meu!) quando a graduação parece me afogar.
Termino esse perfil, além de um pedido de desculpas pelo enorme tamanho, com um filme, que muito me emociona, seja pela criatividade, seja pela magia do início do cinema: Le Voyage Dans La Lune (A Viagem à Lua), de 1902, do incrível Georges Méliès.
http://www.youtube.com/watch?v=vZV-t3KzTpw
3 comentários:
Maria das Graças,
Eu, assim com vc também sou Maria. Cada Maria com sua história.E o meu que é de uma santa!Até eu entender que eu não era N.Sra...levou um tempo.rsrsrs. Qdo a gente é menina, a coisa pega, depois vai amadurecendo e vai se descobrindo. Dá um trabalho, mas é tudo de bom.
Fico feliz em saber de seus sonhos sobre seguir psiq. pediátrica.As crianças com certeza ficariam bem gratas.
Bom ficar conhecendo mais uma pouquinho dessa minha pupila.
Bjs com carinho,
Tem duas imagens da sua montagem q não consegui identificar!
[Depois te mostro p vc me dizer o q são]
hnnhmmmmmmmmm!
eei!
e o q a reprodução de tela de van gogh te lembra?
eein?
(o_
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